20.10.09

“O Corpo Fala” de Pierre Weil e Roland Tompakow

O que estou lendo em paralelo esta semana..???





        Esta semana escolhi o primeiro título indicado na disciplina “Expressão na Comunicação I” (Comunicação verbal e não verbal.), como bibliografia básica no indicada no primeiro semestre.


        Resolvi dar uma relida em diversos títulos que faziam parte da bibliografia da graduação de Publicidade e Propaganda, na qual conclui em 2005. Muitos desses títulos ainda estavam disponíveis na cabeceira de minha cama e nas gavetas de meu escritório, onde sempre recorro em algum momento de dúvida. Coloco no titulo desta postagem em paralelo, pois estou lendo outros títulos incríveis referente à educação e a comunicação, quais as finalidades são de pesquisa, a fim de analisar seus autores e o contexto, desenvolvendo assim uma crítica para o processo de monografia do curso de docência no qual estou envolvida neste momento.

Vamos ao que interessa...

        O livro “O Corpo Fala”, procura mostrar a linguagem manifestada pelo corpo, nos diversos tipos de relacionamentos humanos que temos ao longo de nossas vidas.

          Os autores usam a esfinge, como referência para “traduzir” a linguagem corporal. Colocam as três partes da esfinge para mostrar como é dividido o homem: o boi, seria a referência para os instintos (ou desejos); o leão, refere-se aos sentimentos e, a águia estaria ligada aos pensamentos (ou consciência).

          O homem conseguirá melhorar o equilíbrio, quando dominar os “três animais” dentro de si.

         A mesma coisa acontece com os relacionamentos inter-pessoais: se não existir uma atração de águia para águia, de boi para boi e de leão para leão, o relacionamento poderá ser incompleto.

        Mesmo no dia-a-dia, podemos ver estes sinais com que as pessoas passam seus sentimentos em relação a nós e aos outros. O corpo diz, em uma linguagem não verbal se está havendo o feedback, ou seja, boa receptividade na forma como estamos tentando nos comunicar.

        A forma como as pessoas se comportam, como colocam os membros em nossa direção ou em direção oposta pode nos dizer sobre seu interesse em que continuemos nossa comunicação, nossa interlocução ou não.

       Para nós, publicitários essa linguagem pode ser muito importante. Ainda mais no inicio do curso, para a iniciação da prática de observar, é fundamental sermos observadores diferenciados do comportamento em grupo e/ou  individual. Temos que estar sempre atentos se nosso interlocutor está mentindo, sendo sincero, desviando o olhar, nervoso, enfim o corpo pode denunciar muitas coisas que podem ser importantes para fazermos bem nosso trabalho.

     O ponto negativo do livro, particularmente, está em sua linguagem maçante, repetitiva. Talvez porque estou em paralelo com textos de nível mestrado e doutorado.

     Porém para iniciantes do curso superior, no qual não trazem a prática de ler pode ajudar, o livro como diz os alunos “tem bastante figurinhas”, que na verdade são as ilustrações de Roland.

     Podemos destacar também, que traz alguns erros, que um livro dedicado a acadêmicos, não poderia cometer. Por exemplo: descodificar aparece em vários trechos, quando o certo seria decodificar, que segundo o Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa quer dizer – v. t. 1. Efetuar uma decodificação; decifrar. – 2. Escrever em linguagem clara e comum um texto escrito em código.


     Outro ponto que podemos identificar no qual deixo em aberto, mas notei que a mulher aparece na maioria dos desenhos como inferior, subalterna, como “caça”, até mesmo usando uma forma pejorativa de mostrá-la como a sogra, que tenta atrapalhar um relacionamento. O homem, sempre aparece como exemplo de altivez, sempre numa posição bastante superior. Acredito que este tipo de imagem subjetiva pode intensificar o posicionamento machista que impera em nosso mundo e, isso, psicologicamente, não é bom. Por que em nenhum dos desenhos aparece uma mulher, tentando seduzir um homem? Ou, quando a relação é de trabalho, a mulher como chefe, conduzindo a ação? São observações necessárias quando lemos um livro, principalmente quando este tem finalidades didáticas.

Agradeço mais uma vez.

Permaneço a disposição!

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