7.11.09

Competência Pedagógica do Professor Universitário

Ensino, Aprendizagem .... Ensinagem...

      Todo professor deveria ser avaliado, todo aluno deveria ser preparado para pesquisar debater e aprender em conjunto com o professor, na pós que estou cursando, tem uma disciplina que é Didática do Ensino Superior, a Professora Doutora Rosely Teixeira desenvolve um discussão muito interessante que ao termino de sua aula pego meu carro e vou pensando .... pensando, como nossa sociedade seria mais culta se nossos professores assumissem uma nova postura, que esta postura incentive mudanças nas instituições particulares, estimulando os alunos para um conceito de aprendizado real e seguindo essa linha temos como bibliografia básica o livro do Masetto, Marcos Tarciso- Competência Pedagógica do Professor Universitário, Summus,2003. Segue uma postagem dos primeiros capítulos deste titulo, nada mais é que meu relatório de aula.





1-INTRODUÇÃO


Este relatório de aula insere-se na linha atual de preocupações advindas de uma sociedade em constante transformação, como conseqüência dos caminhos tomados para o desenvolvimento e particularmente sobre uma reflexão e discussão das mudanças na educação superior e nas competências do professor universitário. Mencionadas (Masetto, 2003).



Palavras-Chave: mudanças, educação, tecnologia, competências, docentes, aprendizado, perfil.



I - Necessidade e atualidade do debate sobre a competência pedagógica e docência universitária.

Neste primeiro capítulo foram discutidas as mudanças sociais, as novas

exigências do mercado profissional, a entrada da tecnologia no ensino, como campo de pesquisa, troca de conceitos, conteúdos e muitas outras oportunidades e alternativas. Onde demonstra a necessidade de mudar o perfil do professor, que antes era de dominante do saber, porém na atualidade o professor sábio deveria se transforma em “guia persuasivo” incentivar o aluno ao rumo da pesquisar, descobrir fatos, com um processo de aprendizagem colaborativo.

As mudanças também nas instituições de ensino, a fim de acompanhar a atualidade e essa nova visão na educação.

Foi extenso o debate, no que se refere à importância de mudar os currículos fechados, prontos fornecidos pelas instituições e seguindo as diretrizes impostas pelo MEC, para currículos mais focados na essência da atualidade na produção de soluções para problemas, pesquisas. E de que forma o aluno consegue fazer um link, de uma disciplina para a outra e aplicar todas elas em seu cotidiano profissional, cultural ou político.

A importância de modificar o conceito de que os cursos de graduação são utilitários, com o único objetivo de formação para o exercício uma determinada função no mercado de trabalho.

Finalizamos com a missão da educação superior debatida pela Unesco.



II - Docência universitária com profissionalismo.

Vimos que mesmo em instituições de ensino superior onde se incentiva a pesquisa, a docência é marcada pelo profissionalismo, onde demonstra as mudanças divididas em quatro pontos abordados com as discussões citadas abaixo.

No processo de ensino, a grande preocupação de mudar o conceito da transmissão de informações e experiências para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, aperfeiçoando sua capacidade de pensar e de construir seu próprio conhecimento, coletando informações através de pesquisas, produzindo textos que revele seu conhecimento. Mudando assim os costumes trazidos do processo de sua vida estudantil anterior ao egresso no ensino superior, ponto onde entra o indivíduo docente do superior para guiá-lo para esta nova fase de conhecimento onde o aluno deve desenvolver competências e habilidades tornando-se um cidadão critico responsável pelo desenvolvimento da sua comunidade.

O segundo ponto aborda o incentivo a pesquisa, onde tivemos um momento de desenvolvimento com o surgimento da USP, que até antes da “Era Vargas”, a Universidade de São Paulo, teria um programa de ensino, aprendizagem e pesquisa, há meu ver um modelo perfeito para o desenvolvimento intelectual da nação, porém não era o objetivo do governo, depois deste cenário político desinteressado, a USP se manteve como uma universidade de pesquisa, onde carrega esse perfil de aprendizagem.

O autor aborda também neste ponto de incentivo a pesquisa, que ainda temos muitas limitações no que se refere a esse conceito de aprendizagem, pouco visto hoje nas universidades, onde este que deveria ser o novo cenário da educação, só vem sendo discutido nos programas de pós-graduação, mestrados e doutorados.

Como terceiro ponto a co-participação entre professor e aluno, como citado antes, com essa nova “era tecnológica”, os alunos tem a pesquisa disponível de forma muito simples no cotidiano, seja no trabalho, em casa. O professor será seu “guia persuasivo” para a aprendizagem, mas o aluno também tem que mudar seu papel de receptor e transmissor, para pesquisador, contestador.

O perfil do professor, o quarto ponto dessa mudança, antes o docente dominava os conhecimentos, era o dono do saber, mesmo não dominando o assunto, hoje as exigências são de pesquisas, produção de conhecimentos, por que como pode um docente incentivar a pesquisa nos alunos se ele mesmo não atua como tal, não analisa os problemas econômicos, sociais e políticos, gerando propostas de soluções.



III - Docente de ensino superior atuando num processo de ensino ou aprendizagem?

Primeiramente, vou descrever as diferenças e os laços entre o ensino e a aprendizagem.

O ensino, como citado anteriormente, e a transmissão do conhecimento de um professor dominante do saber, para alunos que “não sabem”, porém há laços, porque o professor também quer que o aluno aprenda. O aprendizado aplicado aqui é o que foi posto pelo professor, e o que o aluno aprendeu deste conteúdo fechado. O ensino está centralizado no professor.

Na aprendizagem, entende-se a busca de informações, onde os alunos estarão produzindo seus próprios conhecimentos, descobrindo os significados dos fatos, dos seres, dos acontecimentos e assim adquirindo habilidades, a aprendizagem está focada no aluno (aprendiz).

Neste processo o Autor (Masseto, 2003), sita quatro áreas no aprendizado: conhecimento, afetivo-emocional, habilidades atitudes de valores.

Na área do conhecimento, e saber fazer a relação do conhecimento que se possui com o conhecimento que esta se adquirindo, é agregar os conhecimentos e levar para toda a vida, incluindo-o nas diversas situações. No meu seguimento profissional, por exemplo, que é a publicidade, costumo ver os iniciantes da profissão, perguntarem como determinado individuo consegue ser tão criativo, a resposta está no conhecimento diversificado (mix), adquirido por este individuo e a habilidade de aplicar este mix de conhecimento sempre com inovação, adquirindo outros.

Desenvolvimento na área afetivo-emocional, nada mais é que ter consciência de sua capacidade, respeitando o ambiente, ter oportunidade de atenção, competitividade, respeito e cooperação.

Habilidades, como já citada acima na área do conhecimento, é o que fazemos com estes conhecimentos, habilidades para a integração e aplicação, organização, dedução, a indução, a expressão e argumentação.

Atitudes e valores, compromisso ético com a sociedade.

Há características de aprendizado, onde discutimos o cuidado deste aprendizado para não se tornar uma cultura particular, e unir o conhecimento para a vida e a profissão, e a importância da aprendizagem continuada, onde em todos os momentos devemos estar atentos e pesquisando.

Concluo que os cursos de graduação poderiam ter no currículo, logo no inicio de seu curso, uma disciplina onde aborde estes temas discutidos, onde ensine elaborar textos com seus conhecimentos para que o aluno faça sua escolha, e essa disciplina seria o diferencial da instituição na formação dos alunos, já que a revolução de uma educação onde formaríamos uma elite pensante maior, ou passaríamos a pelo menos ter uma sociedade mais culta, mais pronta para não aceitar o cenário político que vivemos hoje, onde só se fala em corrupção, infelizmente não há interesses né por parte das organizações políticas e nem por muitas instituições com foco comercial.

Tende a nós futuros docentes a pesquisar e aprender quais as alternativas e de que forma podemos ser docentes voltados para o aprendizado.

O livro esta disponivel para leitura: 
http://books.google.com.br/books?id=MFiOfvLFO5YC&printsec=frontcover&dq=masetto+competencias+pedagogicas#v=onepage&q=&f=false






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